31 agosto, 2005

Camisa Vermelha

E naquele primeiro de janeiro, a gente andava na chuva fina que caía, eu e ela andando como que sozinhos na rua. Ela vira e num tom bem-humorado me pergunta por que eu - ao contrário dela, de roupa branca - usava uma camisa vermelha e se eu estaria procurando um novo amor neste ano que acabava de começar. Eu, sem querer, respondi rudemente que não, não estava procurando ninguém, pois nela já havia encontrado o amor que há muito procurava e que usava uma camisa vermelha com a esperança de haver mais paixão. A superstição não se afirmou, assim como a paz não reinou no mundo e, passada uma semana, eu agora caminhava sozinho sem nem mesmo a chuva para me molhar. Bruno Ipiranga 22/09/2003 Revisado por Mariana Chagas em 28/08/2005.

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Anonymous Anónimo disse...

vc é um poeta.

20/1/06 00:20  

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