28 setembro, 2005

Morrer é Indiferente

E então ele morreu. Não é a morte o fim? O fato é que ela chega. Não importa se hoje ou daqui a cem anos. O quando é indiferente. Não existe essa coisa de viver mais intensamente, viver cada dia como se fosse o último. Vivo como me convém, com o meu ritmo e necessidade. Conseguir ou não fazer tudo o que almejo não faz diferença. Morto não leva experiências, nem arrependimentos, nem tampouco lamenta ter vivido menos. Simplesmente não pensa no assunto – Descartes não existe mais, logo não pensa. O importante é estar vivendo. Carpe diem. Viver o dia. Não como se fosse o último, apenas viver. Vivo somente por estar vivo. E, claro, prezando sempre por essa vida. Se amo e sofro e tenho e perco e aprendo e trabalho é porque estou vivo. Morto não faz nada disso. Apenas não faz. E então ele morreu. Triste? Talvez sua ausência. Não sua não-vida. Viveu o que lhe coube e isso já é o bastante.

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Anonymous Anónimo disse...

você escreve bem. tem umas sacadas boas aí.
mas eu não concordo com tudo não.

beijo
mari

28/9/05 23:10  
Anonymous Anónimo disse...

OI Bu.
Vindo te visitar nas palavras, novamente. Destino...Coincidência, não sei. O fato é que exatamente hoje vim ler isso. E é assim que estou me sentindo.
Não morta, mas sem vida. Porue viver não faz mais diferença...
beijos
Lys

3/10/05 23:14  
Anonymous Anónimo disse...

Oi Bu, se for hoje lá no flog vai ver o que acabei de escrever...Não está tão bonito e organizado... Mas gostei de como ficou. Talvez só vc entenda.
beijos
Lys

4/10/05 18:16  

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